Nos últimos anos, a estética – assunto que antes circulava principalmente na esfera feminina – tornou-se um assunto atraente para o mundo masculino. Segundo a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), nos últimos dez anos, o número de homens que se submeteram a algum procedimento cirúrgico com a finalidade estética aumentou de 8% para 28%.
De acordo com um levantamento do Ibope, no ano passado, das 645,4 mil cirurgias estéticas realizadas no Brasil, 119,2 mil foram em pessoas do sexo masculino. Para o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, membro da SBCP, entre dos fatores que contribuíram para o aumento das cirurgias com objetivo estético entre os homens está a diminuição do preconceito quanto aos cuidados masculinos com a beleza.
Outro fator é financeiro: “Com a popularização das cirurgias plásticas, aumentou também o número de pessoas que podem ter acesso a estes tipos de procedimentos”. O incentivo da mídia, o surgimento de novas clínicas estéticas e as facilidades no pagamento – há a possibilidade de financiar o valor em até 36 vezes – foram fundamentais para o crescimento deste mercado. Tudo isso cooperou para que o Brasil ficasse em segundo lugar no ranking dos países que mais realizam cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos.
As cirurgias mais procuradas
Ainda de acordo com dados do Ibope, entre as intervenções mais procuradas pelo sexo masculino em 2009 está a cirurgia das pálpebras, com 19 mil operações, seguida do nariz, com quase 16 mil, e a lipoaspiração, com pouco mais de 15 mil. A faixa de idade entre os que se preocupam com a beleza está entre 18 e 40 anos.
“As feições masculinas devem ser preservadas para evitar a feminilização, por isso os procedimentos devem ser mais conservadores. Mas com o avanço da tecnologia, as técnicas foram bastante aprimoradas e os resultados ficam cada vez melhor”, explica Alderson Luiz. O cirurgião também ressalta que tecnicamente os procedimentos estéticos feitos em homens são mais complexos, devido às características do organismo masculino. Ele recomenda que as pessoas pesquisem sobre o profissional escolhido, a fim de saber se ele é médico especialista e membro da SBCP.
Fonte: Band.com.br
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